Merenda escolar de qualidade é mais que um dever, é um direito. Direito que tem sido assegurado aos 39 mil alunos da rede pública municipal de ensino de Parauapebas. Verduras, frutas, sucos naturais, arroz, feijão, frango, carne e peixe são os itens do cardápio, garantindo assim alimentação de qualidade para alcançar uma educação de excelência.
“A merenda contribui tanto na frequência quanto no aprendizado do aluno, pois muitas crianças não têm em casa a mesma alimentação que é servida na escola”, observa a professora Elidiomar Macedo, da Escola Elizaldo Ribeiro. A educadora diz que a melhoria no rendimento escolar de seus alunos é perceptível. “Depois da inclusão de frutas e legumes no cardápio, percebi maior disposição dos pequenos na hora de fazer as tarefas.”
E não é à toa que a professora tem percebido a diferença. “A alimentação saudável garante mais energia e disposição ao corpo, o que gera resultados positivos tanto físicos quanto mental”, lembra o médico nutricionista Carlos José Medeiros, do programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE). O programa, parceria entre Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e Secretaria Municipal de Educação (Semed), tem levado saúde e conhecimento à rede municipal de educação.
Medeiros, que faz palestras nas escolas sobre a importância da alimentação saudável, aprovou o cardápio escolar e os espaços educacionais da rede. “Todos os grupos nutricionais estão presentes na merenda, que é acompanhada e fiscalizada por profissionais de extrema competência”.
OPINIÃO DOS PEQUENOS
“A merenda está muito gostosa. Adoro as frutas e os sucos servidos com a refeição”, elogia Saymo Raelson, 11 anos. O estudante que afirma não perder um único dia de aula diz que continuaria a frequentar a escola ainda que não tivesse merenda, mas não com a mesma disposição. “Gosto muito da hora em que sento com meus colegas para comer, é muito divertido.”
A pequena Ingredi Vitória, 10 anos, concorda com Saymo e diz que todos os dias em que está na escola vai ao refeitório. “Merendo todos os dias. É uma delícia a comida servida em minha escola.”
A educadora Eliane Ferlizado confirma o que diz a pequena Ingredi. Segundo ela, a prioridade dispensada à merenda só veio agregar qualidade ao serviço. “Hoje, alunos e professores aprovam a refeição que é servida de forma segura e higiênica”, destaca.
E tem mais, os professores que antes lanchavam no pátio da escola agora são servidos na sala dos professores, uma valorização a mais deste profissional. “Era complicado merendar no pátio porque a quantidade de aluno é muito grande. Já na sala dos professores é bem mais tranquilo, além de nos possibilitar interação com os colegas”, ressalta a professora Elidiomar Macedo.
Utensílios e formação fazem a diferença
E não é apenas a comida que melhorou, não. O espaço físico onde são preparados os alimentos segue todas as normas de higiene, tanto para o preparo como para o armazenamento da merenda. Cozinhas revestidas de cerâmica, área de preparo e limpeza dos utensílios separadas, dispensa limpa e arejada e produtos de primeira linha garantem a qualidade da merenda escolar de Parauapebas.
“Hoje, utilizamos pratos e copos de vidro e talheres de aço, sendo essa uma ideia sugerida na reunião dos diretores e plenamente acatada pela Semed”, informa o coordenador do setor de Merenda da Semed, Antônio José, segundo quem existe todo um trabalho de formação das merendeiras, que aprendem as técnicas adequadas de preparo e entrega da merenda.
“Servimos comida para cerca de 50 mil pessoas, uma vez que a equipe pedagógica da escola também é contemplada com a merenda”, ressalta o coordenador.
Recursos bem empregados garantem qualidade
Para que a merenda escolar servida nas escolas públicas seja regular e de qualidade, é preciso que os recursos destinados pelo Governo Federal, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), sejam bem empregados por prefeitos e gestores educacionais.
“É nas escolas públicas que se encontram os alunos mais necessitados, por isso a importância de garantir merenda de qualidade todos os dias de aula do ano letivo”, ressalta o secretário municipal de Educação, Raimundo Neto. Ele lembra que já existe no município um Conselho de Alimentação Escolar (CAE) que acompanha e fiscaliza a aplicação dos recursos para a compra da merenda.
“Os conselhos são formados por pessoas da comunidade, por representantes de pais de alunos, por professores e por um representante do Poder Executivo”, explica Neto, ressaltando que o CAE acompanha, ainda, o armazenamento e a qualidade da merenda, ajudando, além de contribuir na elaboração do cardápio escolar.
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