O impasse entre a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) está longe de terminar e, por isso, os bancários continuam em greve nesta sexta-feira. Ontem, 8.758 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados permaneceram fechados, segundo balanço feito pelo comando grevista.
“Trata-se da maior paralisação da categoria nos últimos 20 anos, superando o pico da greve de 2010, quando os bancários pararam 8.278 agências em todo país”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, depois de rejeitarem a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban na quinta rodada de negociações, que significa apenas 0,56% de aumento real.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados, mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens.
Por meio de nota, a Fenaban informou que se mantém aberta ao diálogo, após a rejeição das propostas feitas aos bancários.
Na terça-feira, a Fenaban recebeu carta das lideranças sindicais exigindo a apresentação de uma nova proposta. No entanto, a entidade afirma que é preciso “uma sinalização mais concreta das lideranças sindicais de que uma eventual nova proposta não será rechaçada liminarmente como ocorreu com as anteriores”. (Band)
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