Ocorrido na manha de quinta-feira, 21, a desocupação de área
pública no perímetro urbano de Parauapebas gerou conflito entre Policiais do
Grupo Tático da Polícia Militar e ocupantes de área.
Trata-se de área na via que interligam os Bairros Nova Vida
II e Liberdade, na entrada da ETA, que passa por reparos e abastece os
caminhões pipas que fornecem água principalmente para os Bairro Liberdade I e
Liberdade II.
Eram apenas três barracos e nestes moravam cerca de 20
pessoas que, de acordo com informações prestadas por agentes da SEMURB
(Secretaria Municipal de Urbanismo), tiveram 30 dias para desmanchá-los.
Vencido o prazo estipulado agentes da SEMURB e homens do
Grupo Tático da Polícia Militar chegaram ao local por volta das 8h 30min e
fizeram a desocupação.
O atrito foi gerado por que moradores tentavam evitar a
perda da madeira e telhas usadas na edificação cobertura dos barracos,
respectivamente; além de moradoras que se emocionaram ao se ver diante da
possibilidade inevitável de ver seus abrigos ir ao chão.
Mas foi possível com diálogo conter os ânimos e desocupar a
área que, também de acordo com a SEMURB, será construída rotatória para
facilitar a movimentação dos caminhões pipas que por ali circulam.
Situação - Dona
Ozélia da Conceição Monteiro, 40 anos, devido ao incontrolável choro, mal pode
falar com nossa equipe de reportagem, que ocupou o local há quatro meses. Vinda
de Itapecurú, Estado do Maranhão, há quatro anos, só com as roupas e os filhos;
ela garante não ter condições para pagar locação de uma casa para morar com
seus quatro filhos e o esposo que, ainda segundo ela, trabalha de pedreiro.
Ozélia conta que ali estava perto de uma escola e os filhos
podiam estudar.
Ela conta que além de não poder pagar aluguel os condomínios
não aceitam que ela more com o número de filhos que tem.
A família de dona Antonia Morais também deixou a ocupação
depois de três meses; ela também conta ter vindo do Maranhão há seis anos,
período em que conta ter morado de aluguel. “Meu marido ganha apenas Um Salário
Mínimo”, conta Antonia, admitindo ser um valor pequeno para pagar o
aluguel de uma moradia.
Paleativo – De
acordo com então ocupantes da área, o governo municipal ofereceu como ajuda o
pagamento de três meses de aluguel. E a sequencia da moradia volta a ser um
problema de cada família.
Por - Francesco Costa
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