Faleceu na manhã desta terça-feira (19), o ex-governador do Estado,
Almir Gabriel, de 80 anos.
O político estava internado desde o último dia 6 em um hospital
particular de Belém, vítima de um enfisema pulmonar. Ele também
enfrentava um edema, que representa um acúmulo anormal de líquido nos
pulmões, que levava a falta de ar. O local do velório do ex-governador
ainda será divultagado. O enterro ocorrerá no município de Castanhal.
TRAJETÓRIA
Formado em medicina pela Universidade Federal do Pará, Almir Gabriel
iniciou sua trajetória política em 1979, quando foi secretário de Saúde
e, depois, secretário de Segurança no segundo governo de Alacid Nunes
(1979-1983). Em 1982, aproximou-se do PMDB e apoiou Jader Barbalho ao
governo do Estado. Eleito, Jader nomeou Almir como prefeito de Belém, de
1983 a 1986. Em 1986, ainda pelo PMDB, elegeu-se senador e ajudou a
elaborar a Constituição Brasileira de 1988.
Após deixar o PMDB, foi um dos fundadores do PSDB às vésperas das
eleições municipais de 1988, quando concorreu à vice-presidência na
chapa de Mário Covas, em 1989. Almir governou o Pará por dois mandatos
consecutivos, entre 1995 e 2002.
Em 2002, Almir Gabriel, com a teimosia pela qual ficou conhecido,
enfrentou aliados e tucanos e todas as plumagens para fazer do então
secretário de Produção, Simão Jatene, o governador do Pará. Numa eleição
disputadíssima com a candidata petista Maria do Carmo, Jatene se
elegeu, mas quatro anos depois, não concorreu à reeleição, embora
pesquisas encomendadas pelo PSDB apontassem alto índice de aprovação do
governo.
Gabriel foi o candidato e acabou derrotado por Ana Júlia Carepa. Então,
mudou-se para a cidade de Bertioga (SP) e só voltou ao noticiário
político no início de 2009, lutando para fazer de Mário Couto o
candidato ao governo contra Simão Jatene, de quem o ex-governador se
tornou desafeto. Almir Gabriel culpava o ex-pupilo pela derrota em 2006,
a quem acusava de ter feito “corpo mole” durante a campanha.
Aos 77 anos, esta é a segunda vez que Almir pede desfiliação do PSDB. Em
dezembro de 2009, ele explicou, em comunicado ditado pelo telefone ao
DIÁRIO DO PARÁ, que tomou a decisão em razão dos atuais desvios dos
princípios políticos e éticos que alicerçavam” o PSDB do Pará.
(DOL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário