domingo, 24 de fevereiro de 2013

SEGUP realiza audiência pública


O encontro reuniu autoridades em segurança pública
que debateram o assunto em Parauapebas
(Francesco Costa)


De acordo com Mário Solano,  o objetivo principal do evento é conhecer e discutir as demandas de segurança
 
Representantes dos poderes judiciário, executivo e legislativo estiveram presentes no evento

“O governo estadual sempre foi muito ausente de nossa região, esperamos que eventos como este atraia para nós sua atenção”, disse Marcelo Catalão, presidente do SIPRODUZ, ao participar durante toda a quinta-feira, 31, da Audiência Pública realizada pela SEGUP (Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa social do Estado do Pará).
O evento teve como objetivo, segundo os organizadores, ouvir entidades, autoridades em segurança pública e população quanto as principais deficiências na segurança e medidas emergenciais necessárias para mitigar os problemas e buscar soluções de combate a violência nos municípios da região Carajás.
Foi notada, no evento, a ausência da ALEPA (Assembleia Legislativa do Pará) que não mandou representante e nem justificativa.
O deputado federal, Wandenkolk Gonçalves (PSDB/PA), representou o Congresso Nacional, e admitiu a ausência do Estado o que, segundo ele, se faz necessário para traçar caminhos para o desenvolvimento. “Vejo este encontro com muita esperança. Entendo como reflexo da consulta plebiscitária”, disse Wandenkolk, explicando que o governo entendendo a vontade popular decidiu priorizar uma região que é a alavanca da sustentação econômica do Estado.
O deputado deu conta de que serão feitos três importantes fóruns, o primeiro sobre segurança pública; o outro sobre educação e ainda outro sobre saúde.
O Comandante do 23º Batalhão da Policia Militar, Coronel Mauro Sérgio, detalhou que caberá a partir de agora à Polícia Militar reunir com a comunidade no intuito de se criar um planejamento estratégico de ações que resultará em um modelo de segurança pública no Estado a partir da característica de cada município e suas peculiaridades.
Questionado sobre se haverá mudanças na postura da PM no município ele respondeu positivamente. “É esta parceria que tem precisa existir, e a proposta da polícia militar é servir a comunidade, e como servir alguém sem ouvi-lo?”, ponderou Mauro Sérgio, citando a previsão de mais 120 policiais militares o que, ainda segundo ele, será usado em novas políticas de segurança garantindo assim a segurança da sociedade.
Eduardo Falesi, promotor de justiça da infância, disse entender a importância de interagir com a sociedade para conseguir o objetivo comum que é diminuir a criminalidade. “As autoridades precisam sair dos gabinetes e dirigir-se aos cidadãos verificando quais são os anseios para que possam ser aperfeiçoados os serviços públicos prestados pelos órgãos da segurança pública de nosso Estado”, detalhou Falesi.
“Viemos aqui ouvir a sociedade pra saber de suas demandas em si tratando de segurança pública”, argumentou o Secretario Adjunto de Estado de Segurança Pública e Defesa social do Estado do Pará, Tenente Coronel Mario Alfredo de Sousa Solano, dando conta dos concursos das polícias civil e militar, o que ele qualificou como respostas dadas pelo governo do Estado à sociedade desta região.
Mário Alfredo admitiu a necessidade de aperfeiçoar os trabalhos das polícias nesta região e ele diz esperar que esta visita mostrará com mais clareza os pontos a serem priorizados.
O Superintendente de Polícia Civil no Sul do Pará, delegado Antonio Miranda, explicou que este evento já faz parte do cronograma da SEGUP que busca parceria com a comunidade para detalhar as mazelas e combatê-las de forma mais técnica.
“O governo vem à sociedade e não a sociedade vai ao governo. É isto que está ocorrendo aqui agora e em diversos municípios do Estado do Pará”, resumiu Miranda.
Consultado sobre o assunto o juiz Líbio Araújo de Moura, qualificou o assunto “segurança pública” como reunião de forças públicas e também da sociedade. “Independente de Audiências Publicas as forças da segurança púbica em Parauapebas se reúnem com frequência para discutir os pontos a serem priorizados”, conta Líbio, dizendo que o mais importante nisto tudo é que mesmo segurança pública sendo obrigação do Estado a participação da comunidade é indispensável.

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