Nesta
quinta-feira, 22, os vereadores Euzébio Rodrigues (PT) e Irmã
Luzinete Batista (PV) receberam os profissionais da imprensa em mais
uma edição do “Café com a imprensa” da Câmara Municipal de
Parauapebas. Na ocasião os parlamentares falaram sobre o trabalho
que vem desempenhando no legislativo municipal e de seus projetos.
Estiveram presentes representantes dos seguintes veículos de
comunicação: Jornal Correio do Pará, Jornal Hoje, Jornal Semanal,
Jornal de Parauapebas, Jornal Tablóide, Site Pebinha de Açúcar e
Site Chocopebas.
Confira
abaixo uma síntese da coletiva.
Jornal
Correiro do Pará (Luiz Bezerra) – Vereador Euzébio o senhor vem
da área da educação, representante dos professores. Mas muitos
deles se queixam que após as eleições o senhor esqueceu a
categoria e não fez nada em prol dos professores. O que o senhor tem
a dizer sobre isso?
Professor
Euzébio – Não abandonei. Estamos no início de uma
legislatura, que culminou com a redução da data-base. Mas não
abandonei, a questão é que meu gabinete é apenas a base de uma
pirâmide. Quando se fala em coletividade, o que vale é o que você
faz internamente e eu gosto das ações concretas. Estou sempre a
disposição, meu gabinete está aberto. Estou sempre em contatos com
professores que me procuram, que vem ao meu gabinete, que me ligam. O
fato de eu ser um professor que se tornou vereador gera insatisfação
em alguns, causa um certo ciúme, mas sou tranquilo quanto a isso.
Jornal
Correiro do Pará (Luiz Bezerra) – Irmã Luzinete, o público
costuma ser ríspido quando a senhora se pronuncia durante as
sessões. A senhora já parou para pensar por que isso acontece?
Irmã
Luzinete – Sim e sei o por quê. Esse público é comandado,
eles não votaram em mim. As pessoas que votaram em mim sabem que é
um ato de vandalismo, porque não fazem parte do meu grupo, que é
composto por pessoas responsáveis. Se houvesse uma eleição hoje,
não tenho dúvidas de que seria eleita novamente.
Jornal
Hoje (Vinícius Santos) – A senhora disse que trabalharia em prol
do associativismo e do cooperativismo, mas por que até agora não
apresentou nenhum requerimento ou indicação voltados para essas
áreas?
Irmã
Luzinete – Porque estou fazendo estudos para encontrar a melhor
maneira de atuar. As associações que temos hoje precisam ser
reestruturadas, para que possam trabalhar de fato, voltadas para
políticas públicas. Já estamos montando um projeto. Muitas
associações estão voltadas para o individualismo e o que quero é
que elas atuem em prol da coletividade. Montamos uma comissão para
ir à Belém buscar meios de implantar o Pro-Paz em Parauapebas, um
projeto de atendimento integrado a mulheres e crianças vítimas de
violência. Com ele teremos capacitação e geração de renda.
Professor
Euzébio – Eu vi os novos
vereadores com muita vontade de apresentar propostas. Já passamos do
número de 130 indicações e os requerimentos também já houve
bastante. Essa empolgação é natural. Requerimentos e indicações
são um elo de comunicação com a comunidade. De fato não
apresentei nenhum, mas fiz ofícios e memorandos e encaminhei para
secretários fazendo solicitações, então eu mantive esse elo com a
comunidade. Além disso, durante esse período tive muito trabalho
analisando projetos de lei, pois sou presidente da Comissão de
Justiça e Redação.
Jornal
Tablóide (Frank James) – Vereadora está tendo um debate na cidade
sobre o transporte. Qual sua posição com relação as modalidades
de táxi, moto-táxi e táxi-lotação?
Irmã
Luzinete – Eu não sou contra
porque creio que a nossa cidade precisa dar oportunidade para os pais
de família que moram aqui. O projeto de lei que regulamenta o
transporte público em nossa cidade já está tramitando na casa, mas
o táxi-lotação não está inserido. Entretanto, depois que ele for
aprovado, podemos inserir. Mas tem que organizar, precisamos saber
quais e quantas são as pessoas habilitadas. Para tudo na vida
temos regras e também exceções.
Jornal
Semanal (Rui Oliveira) – Vereadora sua campanha foi feita na
periferia. Hoje o pessoal se sente abandonado e dizem que não votam
mais na senhora. O que a senhora tem a dizer sobre isso?
Irmã
Luzinete – Quero que vocês
me apresentem essas pessoas, pois desconheço essa situação. Onde
eu chego sou recebida com muito carinho. Eu tenho amigos em todos os
bairros dessa cidade. Falar é bom, mas agir é melhor. Tenho uma
equipe muito boa e tenho feito bastante coisa, mais lá fora do que
aqui dentro. Tenho falado muito para meus colegas vereadores que nós
precisamos discutir a problemática da saúde, da educação, da
administração juntos. Enquanto o vereador trabalhar curral
eleitoral individual ele pode até se reeleger, mas não vai resolver
os problemas da população. As insatisfações vem porque não
damos conta da individualidade. Vereador é eleito para discutir a
problemática de toda a cidade.
Jornal
Semanal (Rui Oliveira) – Qual avaliação o senhor que já foi
presidente desta Casa faz, da administração do atual presidente,
vereador Josineto Feitosa?
Professor
Euzébio – Tudo que se faz
nessa casa precisa de licitação. A Câmara não é uma instituição
arrecadadora, depende do duodécimo e para usá-lo há muitas regras.
Alguns problemas enfrentados são fruto do processo burocrático.
Tudo que a Câmara faz tem que está de acordo com as normas do TCM
(Tribunal de Contas dos Municípios). O presidente está sim tendo
dificuldades, mas acredito que é natural, é o primeiro mandato
dele, mas acho também que a responsabilidade pelo desenvolvimento da
Casa é da mesa-diretora, dos quatro vereadores, não apenas do
presidente. E eu acredito que quando se distribui tarefas é melhor.
Eu tenho procurado ajudar, até porque quero ver as coisas andarem e
acredito que ano que vem será bem melhor.
Jornal
de Parauapebas (Zinho Bento) – Queria que o vereador falasse sobre
o orçamento da Câmara.
Professor
Euzébio – O orçamento para
este ano é de R$ 28 milhões, resultado do duodécimo do orçamento
anual do município. Esse recurso é para manutenção e pagamento
dos servidores. As compras acima de R$ 8 mil tem que ter licitação.
O orçamento está atrelado a esses tramites burocráticos. Eu
acredito que ano que vem, devido superávit, deve ultrapassar os R$
32 milhões.
Jornal
de Parauapebas (Zinho Bento) – Gostaria de saber também se o
senhor tem veículo a sua disposição pago pela Câmara?
Professor
Euzébio – Tenho veículo
locado pela Câmara, uma caminhonete. Todos os vereadores tem, em
tempo integral.
Jornal
de Parauapebas (Zinho Bento) – Além disso, o que o senhor acha das
declarações da vereadora Eliene Soares (PT)? Ela afirmou que os
primeiros seis meses do governo Valmir foram muito corruptos e a
prova disso foi a saída de vários secretários.
Professor
Euzébio – Vou me abster de
comentar porque não vi a entrevista. Mas na ausência de fatos, o
que fica é apenas opinião. O quadrimestre está na casa, qualquer
vereador pode analisar. O vereador está outorgado pelo povo para
agir. Até agora não agi porque só ouvi opiniões, não há fatos.
Não posso abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) se não
existe um fato específico.
Jornal
de Parauapebas (Zinho Bento) – Vereadora Luzinete a senhora foi
eleita na base de oposição ao Governo Valmir, mas passou para a
base aliada. Explique o por quê dessa mudança?
Irmã
Luzinete – Eu me elegi na
base de oposição por uma questão de estratégia, sempre respeitei
hierarquia, sou servidora pública há 22 anos, sou professora
concursada, trabalhei 13 anos na educação e depois fui para a
saúde. Ajudei muitas pessoas, mas nunca fiz um trabalho eleitoreiro.
Ser situação ou oposição é uma questão individual de cada
parlamentar. Ser oposição ao Governo Valmir hoje é ser oposição
ao povo de Parauapebas. Eu quero ter aproximação ao governo para
discutir a problemática da cidade, fiscalizar é acompanhar o
processo. Não quero ser precipitada, prefiro dar oportunidade para o
governo trabalhar.
O
projeto “Café com a Imprensa” tem como objetivo apresentar as
ações da Câmara e o trabalho dos vereadores para a população,
além de proporcionar
um melhor entrosamento entre os parlamentares e os profissionais da
imprensa local.
Nayara
Cristina/ASCOM-CMP
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