quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Rota ambiental faz avaliação do perímetro urbano de Parauapebas
Descaso do poder público e falta de sensibilidade da população deixou os agentes alarmados
Francesco Costa
O comércio ilegal de animais silvestres é a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas”, esclareceu o diretor presidente da Rota Ambiental, José Eustáquio Lima Ribeiro, ao iniciar uma ronda hoje, domingo, 15.
A equipe da Rota percorreu diversos pontos da cidade fazendo avaliação da situação ambiental em que se encontra o perímetro urbano do município e, segundo ele, o que viu lhe deixou convencido que de fato a Rota Ambiental terá muito a fazer e a contribuir com o meio ambiente por aqui.
Esgoto sendo despejado no Rio Parauapebas, depósito de lixo às margens de rios e igarapés e a captura e comércio de pequenos pássaros foram os principais crimes flagrados pela equipe da Rota que levou esclarecimento às pessoas. “Os pássaros nascem para ser livres e não presos ao stress e tédio do restrito espaço de uma gaiola. Afinal para que foram feitas as asas dos pássaros ?”, indaga Eustáquio.
O vice presidente da Rota Ambiental, o odontólogo, Marcelo Luiz de Lima Ribeiro, acompanhou a ação e diz planejar outras ações de conscientização no município. “Esperamos ir de encontro com as necessidades ambientais de Parauapebas e contar com a sensibilidade das autoridades e população”, planeja Marcelo.
Depois de concluída a ronda Eustáquio e a equipe visitou integrantes do CEAP (Centro de Educação Ambiental de Parauapebas) e agendou reunião para traçar planos de trabalho.
Na Avaliação de Eustáquio o Brasil é um dos principais alvos dos traficantes devido a sua imensa diversidade de peixes, aves, insetos, mamíferos, répteis, anfíbios e outros. Animais que são levados com condições de transporte são péssimas e muitos morrem antes de chegar ao seu destino final.
Filhotes são retirados das matas, atravessam as fronteiras escondidos nas bagagens de contrabandistas para serem vendidos como mercadoria.
“Todos os anos mais de 38 milhões de animais selvagens são retirados ilegalmente de seu hábitat no país, sendo 40% exportados”, quantifica Eustáquio, citando o desmatamento como outro agravante para a extinção de muitas espécies.
Em sua opinião, a exploração desordenada do território brasileiro é uma das principais causas de extinção de espécies. O desmatamento e degradação dos ambientes naturais, o avanço da fronteira agrícola, a caça de subsistência e a caça predatória, a venda de produtos e animais procedentes da caça, apanha ou captura ilegais (tráfico) na natureza e a introdução de espécies exóticas em território nacional são fatores que participam de forma efetiva do processo de extinção. Este processo vem crescendo nas últimas duas décadas a medida que a população cresce e os índices de pobreza aumentam.
Para ajudar a combater todos estes crimes ambientais, Eustáquio orienta que:
Não compre animais silvestres. Ter espécie nativa em cativeiro, sem comprovação da origem do animal, é crime previsto em lei.
Cada indivíduo capturado faz falta ao ambiente e também os descendentes que ele deixa de ter.
Também não compre artesanatos feitos com partes de animais, como penas coloridas.
Seja vigilante. Se presenciar a venda na feira livre ou depósito de tráfico, avise a polícia. Informe dados precisos da ocorrência.
Denúncias ao IBAMA através da Linha Verde Tel. 0800 61 8080.
Se te oferecem um animal na beira da estrada, não compre e repreenda o vendedor dizendo que isso é crime e que ele procure outra atividade que não lhe cause problemas com a lei.
O animal que vive preso, perde a capacidade de sobreviver e se defender sozinho e não pode ser solto na natureza sem o acompanhamento de um especialista.
Quando decidir ter um animal de estimação, lembre-se que existem milhares de cães e gatos abandonados aguardando a chance de uma adoção. Consulte a prefeitura da sua cidade ou entidades de proteção animal.
“Somente a conscientização da população poderá desestimular este comércio ilegal e proteger o direito à vida e liberdade dos animais. Vamos combater o tráfico de animais silvestres. Se ninguém compra, ninguém vende, ninguém caça”, sugere Eustáquio, pedindo que todos devem ser vigilantes ambiental e denunciar agressão a animais ou ao meio ambiente, mantendo contato com a Rota Ambiental pelo E-mail: rotaambientalparauapebas@gmail.com
Ou pelo telefone: (94) 9218-8308.
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