domingo, 24 de fevereiro de 2013

Caso Ana Karina: Julgado e condenado um dos réus



Minêgo foi condenado com 24 Anos de Prisão Regime Fechado e tem que pagar 100 mil reais a família da vitima.

Juiz Líbio Araújo

Mãe de Ana Karina sendo enterrogada

As 22h de quinta-feira, 21, de Fevereiro, terminou o julgamento de Florentino de Souza Rodrigues, o “Minêgo”, acusado de ser o intermediário entre Camilo e “Magrão”, no caso Ana Karina.
Sua sentença arbitrada pelo Tribunal do Júri foi de 24 anos em regime fechado e multa de R$ 100 mil a valor para indenização da família, valor que poderá ser reduzido através de recurso impetrado na esfera cível.
Florentino Rodrigues foi o primeiro de quatro acusados a ir ao banco dos réus. Alexandre Camilo, que seria pai do filho de Ana Karina; a noiva dele, Graziela Barros; e Francisco de Assis, acusado de ser o pistoleiro que matou a comerciária também devem ir a júri popular, mas somente depois do Tribunal de Justiça do Pará julgar os recursos movidos pelas defesas dos réus. Como a defesa de Florentino não recorreu, o processo foi desmembrado e ele foi julgado separadamente.
Logo no início do julgamento aconteceu o sorteio das pessoas da comunidade que participariam do juri.
A primeira das sete testemunhas de acusação a depor foi dona Maria Iris Matos Guimarães, mãe da vítima; seguida do Major PM Junizo Honorato e Silva; Pedro Ribeiro Lordeiro; Isis Martins Dias, Medica ginecologista que fazia o pré natal de Ana Karina.
Em seguida foram ouvidas as testemunhas de defesa: Matusalém Antonio Davi Lopes Ferreira, Luzia Maria da Silva Soares, e  Tafarel Silva.
Exatamente ao meio dia terminou a participação das testemunhas de acusação e defesa, respectivamente, iniciando um intervalo que terminou às 13hs, quando os trabalhos da sessão do Tribunal do Júri foram retomados com o interrogatório do réu.
A pedido da Promotoria de Justiça, o juiz Líbio de Araújo Moura, titular da 3ª Vara Penal, deferiu a reinquirição de uma das testemunhas de defesa, que deverá ocorrer logo após a oitiva do réu.
Em seguida, o magistrado iniciou a fase de debates, reservando quatro horas iniciais divididos entre acusação e defesa, mas uma hora de réplica para acusação, e uma hora de tréplica para defesa.
Na acusação atuaram os promotores Danilo Pompeu Colares e Guilherme Chaves Coelho, e, na assistência do acusado, o advogado José Dias de Souza, em sua defesa os advogados Fernando Souza, Josival Freitas e Marcelo Paes.
Além de Florentino, figuram como réus no processo Alessandro Camilo de Lima, Graziela Barros Almeida e Francisco Assis Dias. Contrariados com a decisão que determinou que eles fossem a júri popular, os três recorreram da sentença de pronúncia, e aguardam julgamento do recurso. Apenas Florentino não recorreu da sentença.
Perguntada sobre como se sentia e o que achava da sentença dada a Minego, dona Maria Iris Matos Guimarães, mãe de Ana Karina, afirmou:
“Dá pra cessar um pouco a dor, mas trocaria esta sentença pra ter de volta minha filha com meu neto nos braços.”
Sobre o caso - De acordo com os autos do processo, Ana Karina, que estava grávida de nove meses, foi assassinada em 10 de maio de 2010, figurando como suposto mandante o pai da criança que esperava, Alessandro Camilo. Conforme a denúncia, Alessandro teria planejado o crime com o apoio de sua noiva, Graziela, e atraído a vítima para uma emboscada. Alessandro , sob o argumento de que repassaria valores a Ana Karina para as despesas do parto, marcou encontro com a vítima, levando-a para um local ermo, onde já aguardavam Francisco de Assis Dias, e Florentino de Souza Rodrigues. A vítima foi morta a tiros, sendo depois colocada em um tambor que estaria na carroceria da caminhonete de Alessandro, e jogada no rio Itacaiunas. Antes, no entanto, os acusados teriam colocado pedras no tambor e feito perfurações, para que permanecesse no fundo do rio. O corpo da vítima, embora os acusados tenham apontado o local onde foi jogado o tambor, nunca fora encontrado.
Ainda de acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o crime teria sido motivado em virtude da pressão que Ana Karina estaria fazendo com Alessandro, para fazer frente às despesas com o nascimento da criança. Além disso, haveria ainda a intenção do acusado em não pagar pensão alimentícia.

Por: Francesco Costa 

Um comentário:

Anônimo disse...

E eè um absurdo um crime desses por um motivo tão torpe, mais e assim mesmo q o capeta os recebam com todas as honras .... Indignada e si acontecer com algum parente meu mato a mãe ou um filho querido da pessoa, pago com a mesma moeda ... Affff